quinta-feira, 1 de julho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

MAPAS CONCEITUAIS

Mapa Conceitual é uma prévia do objetivo que queremos alcançar, com todos os caminhos ligados ou não entre si, as possibilidades que podemos percorrer na conceituação, nas significações e na construção do conhecimento.
É um roteiro básico do que queremos com todos os recursos, caminhos, interligações que o propósito pode levar.
Pode ser o resumo de uma situação, dispostas em palavras-chaves que traduzem o início, meio e fim da situação. Oportunidade de dispor as bifurcações (significados, caminhos) que determinado assunto pode levar.
Se usarmos como avaliação, teremos noção da dimensão da compreensão que o aluno teve sobre determinado assunto, texto, conteúdo, projeto, filme, aula.

ARTICULAÇÕES ENTRE ÁREAS DE CONHEICMENTO E TECNOLOGIA: Articulando saberes e transformando a prática

A escola mudou, agora somos: alunos, professores e multimídias – precisamos acelerar as mudanças do processo ensino-aprendizagem – nosso alunos precisam, além de adquirirem conteúdo, estar preparados para o uso das tecnologias na sociendade em que vivem.
Porém tomar conhecimento das diferentes tecnologias que o mundo dispõe não é suficiente, o aluno precisa estar preparado para utilizá-las.

Além de melhorar a busca pelo conhecimento, o uso das tecnologias na escola, possibilitará ao aluno perceber que precisa saber escolher, que nem todas as informações e oportunidades (principamente da internet), são necessariamente as mais corretas ou as mais seguras. Identificar os meios mais seguros de relacionamento, como por exemplo: correio eletrônico, fórum de discussão e chats. Meios de comunicação que permitem conexões entre pessoas de lugares, idades e profissões diferentes, que amplia conhecimentos. O uso do blog, por exemplo, para discutirem assuntos de interesse comum, com os quais se preparam para situações futuras.

O computador pode ser o veículo atrativo com o qual o aluno interage conectado com outras escolas, com outras disciplinas, com outros alunos possibilitando maior aprendizado com o mundo local e global. Através do computador, temos oportunidade de ver diferentes opiniões, conceitos – meditar sobre eles – construir nosso pensamento baseado nas informações que obtivemos.

Paulo Frere quando diz: “É preciso que o educador(a) saiba que seu “aqui” e o seu “agora”são quase sempre o “lá” do educando. Mesmo que o sonho do educador seja não somente tornar o seu “aqui-agora” com ele, ou compreender, feliz, que o educando ultrapasse o seu “aqui”, para que este sonho se realize tem que partir do “aqui” do educando e não do seu. No mínimo, tem que levar em consideração a existência do “aqui” do educando e respeitá-lo. No fundo, ninguém chega lá partindo do lá, mas de um certo aqui. Isto significa, em última análise, que não é possível ao(a) educador(a) desconhecer, subestimar ou negar os “saberes de experiências feitos” com que os educandos chegam à escola.”
Assim como defende a valorização do conhecimento que o aluno traz, nos faz refletir que o aluno hoje conhece e usa muito as tecnologias existentes. O mais defasado em tecnologias é muitas vezes o próprio professor e para esse novo ritmo precisamos nos reeducar.
Vemos o manejo das tecnologias pelo aluno com tanta habilidade - por que não aproveitar esse seu conhecimento na execução de seus estudos com o uso delas?!
Precisamos transformar nossa prática para alcançarmos resultados mais animadores na educação.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

PRÁTICA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA INTEGRAÇÃO DE MÍDIAS

Prática pedagógica e formação de professores com projetos:
articulação entre conhecimentos, tecnologias e mídias.



Embora não percebamos, tudo o que fazemos – em nosso dia-a-dia, desejos, ambições, sonhos, são projetos – Elaboramos esboços objetivando alcançar algo. Como chegaremos até o objetivo, o desejo proposto, não importa – sabemos que encontraremos dificuldades, dúvidas – mas fazemos de tudo para dar certo.

Da mesma forma ocorre com os projetos de ensino-aprendizagem – nos propomos estudar determinado tema, sem saber o que encontraremos, mesmo aquilo que prevemos encontrar pode mudar no meio do caminho – novas dúvidas poderão surgir, caminhos desconhecidos poderão surgir que nos deixarão em dúvidas; mas que nos farão conhecer mais e aprender mais.

São essas incertezas, os imprevistos, as modificações no meio do caminho que enriquecerão nosso aprendizado – pois não encontraremos uma resposta pronta – nós que precisaremos elaborá-la, analisá-la e reelaborá-la.

Análises, observações – questões fundamentais para escolher corretamente – pois da mesma forma que a tecnologia nos traz benefícios, também poderemos realizar uma escolha errada – precisamos portanto, saber utilizá-la – para isso a escola contribuirá, cuja orientação caberá ao professor.
Quanto maior for o campo de pesquisa, maior será a dúvida do aluno e a necessidade de buscar e escolher o que precisa e tanto mais aprenderá. O aluno precisa ler, ler muito, ampliando seus conhecimentos e até mesmo seu vocabulário – esta é a diferença: utilizar-se de todas as tecnologias existentes, criar poder de decisão, se tornar autônomo no que faz, no que produz apenas com a mediação do professor – não recebendo tudo pronto.

PESQUISA, COMUNICAÇÃO E APRENDIZAGEM COM O COMPUTADOR O papel do computador no processo ensino-aprendizagem

Hoje grande parte da comunicação entre os jovens é viabilizada por meio do computador – e-mail, orkut, notícias de interesse deles na internet – só falta a escola aderir a essa ferramenta...

Precisamos introduzir na escola essas ferramentas novas, essas novas formas de comunicação que fazem parte do mundo dos alunos fora da escola. Se já está difícil de despertar o interesse do aluno pela aula, a continuidade dos métodos ultrapassados, os afastarão mais ainda.
Não será fácil incorporar essa nova postura pelos professores – o uso do computador como ferramenta de trabalho no processo ensino-aprendizagem - mas fatalmente é imprescindível, se quisermos falar a mesma linguagem do aluno e conseguir uma verdadeira aprendizagem – uma verdadeira construção de conhecimentos, através de produções próprias.

Aprender com o Vídeo e a Câmera.

Para além das câmeras ... as idéias =

Podemos trabalhar os mesmos conteúdos exigidos na grade curricular, porém a forma é que difere – o aluno pesquisa em diferentes fontes (não mais somente no livro didático); constrói seu conhecimento e pode reconstituir o tema, utilizando-se das diversas tecnologias das quais a escola dispõe. Ele registrará de forma diferente o que aprendeu – em vez de ser no papel, fará o registro digital com a qual ele terá muito mais prazer de trabalhar. Terá muito mais prazer em transformar no melhor possível o resultado de seu trabalho – registrando com imagens a sua conclusão.

Tanto a busca como a confecção final do trabalho do aluno poderá ser com uso de livros, vídeos, jornais e documentários – escritos e falados, pesquisas na internet, enciclopédias que já possuem CD Room.

Pedagogia de Projetos: Fundamentos e implicações

Nessa Pedagogia, o que muda é a postura e atitude do professor – ele deixa de ser o repassador de conteúdos e passa a articular com o aluno, a ser companheiro de estudo com ele, pois enquanto o aluno busca o professor também aprende – o papel do professor passa a ser orientador.

O aluno necessita aprender a decidir, a buscar, descobrir, analisar – não acatar o que vem pronto.

Antes o aluno deveria aceitar o que o professor propunha, com projetos é o aluno de determina o melhor caminho para encontrar o que procura, o que precisa.

Aluno autônomo – Como dia Paulo Freire “... ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua pprópria produção ou a sua construção”(1996).

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O Fazer e o Compreender

Piaget observou “influências que os organismos sofrem do meio em que vivem... concluiu que as trocas que os indivíduos realizam com o meio são responsáveis pelas mudanças nas estruturas mentais.” Valente,José (2008).
Ao repassar conteúdo não haverá troca de idéias, consequentemente não haverá oportunidade de criar idéias novas, ouvir duas informações e a partir delas formar a sua – não permite o desenvolvimento do senso crítico, criativo.

“... o fato de ele ser bem-sucedido não significa necessariamente que ele tenha compreendido o que fez.” - Ainda hoje isso aconteceu na sala de aula (5ª série).
Na última aula, estava muito frio e garoava, pelo que fiz um comentário: - Olha a chance de conhecermos a neve! Sendo final de aula, não houve tempo para explicações, pedi que pesquisassem com os pais, com o professor de Ciências e em outros livros – como ocorre a neve.
Alguns trouxeram a resposta correta e muito bem descrita – cópia de livro – indaguei então se realmente entendeu como ocorre a precipitação – o aluno respondeu que não. Prova viva de que soube copiar uma resposta sem compreendê-la – Este é um exemplo bem claro na concepção de Piaget – o aluno fez, mas não compreendeu.
Cabe aqui outro dizer popular “só se aprende fazer, fazendo.”
Cópia não leva o aluno a saber, mas o construir novos conceitos sobre o assunto, reelaborar pesquisas, ouvir diferentes opiniões, contextar – isso permitirá que construa seu próprio conceito, a partir de sua compreensão.
A estratégia pedagógica de trabalhar com projetos, pode ser uma opção bastante proveitosa no que se refere ao aluno construir seu conhecimento por meio de busca, ele próprio, em diversas fontes, analisando várias opiniões e/ou conceitos e a partir delas criar sua opinião sobre o assunto.
A oportunidade de aprender é maior, além disso, não fica estático, parado, esperando a resposta pronta, que faz dele um alienado.
Neste trabalho não significa deixar que o aluno faça o que quiser, como quiser – ele tem liberdade condicionada, orientada, com a interferência do professor, contribuindo para a compreensão correta.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

PROJETO: Uma Nova Cultura de Aprendizagem

Antes de tudo, somos nós professores que precisamos mudar de postura. Reclamamos que o aluno não tem interesse, não quer aprender, mas são as aulas que não estão agradando.
Normalmente, enquanto o aluno tem atividade para desenvolver em sala de aula, por estar “ocupado”, com responsabilidade, ele não tem tempo para perturbar a aula, mas assim que termina, inicia a conversa, as brincadeiras, prejudicando o andamento da aula. O aluno não consegue ficar sem fazer nada, precisa estar em ação. No novo ”modelo” educacional, através de projetos, ele vai estar ocupado, pesquisando. Tanto suas atividades, como suas responsabilidades, irão além da simples procura de respostas prontas no livro didático ou aquela resposta que o professor quer que ele responda.
Neste novo modelo de trabalhar com o aluno, ele deve pesquisar, pensar, analisar e construir seu conhecimento através do diálogo, da análise.

Mas o projeto em si, sozinho, não dará o brilho ao trabalho, o uso da tecnologia que é o que agrada os jovens, será a ferramenta complementar para essa transformação.

A maior barreira para aderirmos a essa nova “metodologia” é a insegurança que ainda temos, pela incerteza do que vamos encontrar. Deixar o aluno livre para pesquisar em diversas fontes exigirá dos professores maior conhecimento e este é o ponto crucial, nós não temos segurança, não nos consideramos preparados para aceitar os argumentos, a opinião do aluno, pois ele pode sugerir algo muito diferente daquilo que nós imaginamos, se nos basearmos somente pelo descrito no livro didático, que por sinal para algumas disciplinas ou informações pode estar obsoleto.
O professor precisa se preparar para isso, ele precisa saber muito mais sobre o assunto que vai trabalhar, para possibilitar tanto o diálogo, como o respeito pela opinião fundamentada nas diversas pesquisas que fez.
O método tradicional é muito mais cômodo para o professor, trabalhar com projetos trata de informações muito abrangentes sobre as quais precisa discutir com os alunos.

Esta pode ser considerada uma revolução na educação: a valorização do saber, da opinião do aluno, priorizando a capacidade de pensar, criar do aluno.
Com projetos o aluno busca em diferentes fontes conceituação de diversos autores – ele precisa então, ter poder de decisão, senso crítico e conhecimento para concluir sua pesquisa corretamente. A princípio terá dificuldade, pois está acostumado a encontrar a resposta pronta no livro didático, mas com o tempo aprenderá a pesquisar.

Qualquer que seja o projeto, disciplinar, interdisciplinar, multidisciplinar, o aluno sempre estará agregando conhecimentos de mais disciplinas – pois se antes no seu livro didático a conceituação estava pronta, na pesquisa pela internet vai deparar com outros conceitos, os quais precisa estudar, compreender para então definir o adequado para pesquisa que está elaborando, consequentemente terá aprendido a conceituação para aquela palavra, situação ou assunto teria em outra disciplina: sem o propósito da interdisciplinaridade, o projeto leva a prática da interdisciplinaridade.

“O professor que trabalha com projetos de aprendizagem respeita os diferentes estilos e ritmos de trabalho dos alunos desde a etapa de planejamento, escolha do tema e respectiva problemática a ser investigada. Não é o professor quem planeja para os alunos executarem, ambos são parceiros e sujeitos de aprendizagem e cada um atuando segundo o seu papel e nível de desenvolvimento.” Maria Elizabeth B. de Almeida (1999).

A escola só vai mudar, a partir da mudança do professor – incentivando o aluno; permitindo que construa seu conhecimento e acreditando na criatividade do aluno.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

ENSINAR E APRENDER COM O COMPUTADOR:

A Articulação inter-trans-disciplinar

O computador já é uma ferramenta que está fazendo parte de um modo ou de outro na sociedade atual. A escola, me parece, é o último segmento da sociedade a inseri-lo em suas atividades pedagógicas, a utilizar-se dessa ferramenta.
O aluno, quer seja através dos bate-papos, da busca por jogos, por entretenimento, já faz uso dele há muito mais tempo que o professor.

Pela experiência que estou vivendo com meus alunos de 7ª série, percebo exatamente o que Maria Elizabeth B. de Almeida diz: "Nesse novo papel, a escola se constitui como um espaço no qual professores e alunos têm autonomia para desenvolver o processo de ensino e de aprendizagem de forma cooperativa, com trocas recíprocas, solidariedade, respeito mútuo e liberdade responsável. As tecnologias de informação e comunicação são usadas para expandir o acesso à informação atualizada e, principalmente, para promover a criação de ambientes de aprendizagem para privilegiam a construção do conhecimento, a comunicação e a interrelação entre disciplinas."

O professor atua como mediador - orientador; não mais como transmissor de conteúdos disciplinares.

A autonomia e a criatividade do aluno só se desenvolverá se tiver liberdade para fazê-lo, respeito pela sua opinião; para isso o professor precisa valorizar o que sabe, o que cria e permitir que decida por si.

COMO SE TRABALHA COM PROJETOS

Para Maria Elizabeth Almeida, trabalhar por projetos significa que o aluno é o sujeito da aprendizagem – ativo e autônomo para criar, construir, pensar, repensar o conhecimento.
Talvez nós professores não nos consideramos aptos, achamos que nossos alunos também não o serão. Muitas vezes não enfrentamos um projeto porque temos medo e por considerarmos que não temos bagagem o suficiente para enfrentarmos os contratempos, as reformulações que se fizerem necessários no decorrer do andamento do projeto...

“Se fizermos do projeto uma camisa-de-força para todas as atividades, estaremos mais uma vez engessando a prática pedagógica”. Sem comentários...

“Trabalhar com projetos, tem sentido porque parte das questões de investigação. O aluno vair desenvolver estudos, pesquisar em diferentes fontes, buscar, selecionar e articular informações com conhecimentos que já possui para compreender melhor essas questões, tentar resolvê-las ou chegar a novas questões. Esse processo implica o desenvolvimento de competências para desenvolver a autonomia e a tomada de decisões, as quais são essências para atuação na sociedade atual, caracterizada por incertezas, verdades provisórias e mudanças abruptas.”

Nesse processo é que acontece a aprendizagem como sonhamos, quando o aluno não recebe pronto, quando é ele que vai buscá-la. É claro que as explicações iniciais continuarão necessárias, mas a partir das primeiras informações o aluno vai em busca de mais informações. Pois sem ter uma base que o orienta, não conseguirá nada. Não poderá ir em busca de algo sobre o qual nada conhece.
Todo projeto é interdisciplinar, o problema é trabalhar conjuntamente, envolvendo todas as disciplinas num mesmo tema.


“A interdisciplinaridade representa em nível mais elevado de interação entre as disciplinas, um nível hierárquico superior onde procede a coordenação das ações disciplinares.”

Ela não é autoritária - é democrática, da mesma forma que trabalhar com projetos não seguimos à risca um "autoritarismo" pedagógico: somos livres - professores e alunos para escolher conteúdo, estratégias, caminhos. Com projetos, podemos voar muito mais alto.

INTERDISCIPLINARIEDADE - Refletindo sobre algumas questões.

A interdisciplinaridade surgiu quando se descobriu que os problemas não poderiam ser resolvidos por uma única área do saber – todos precisam estar engajados, entrelaçados para que as decisões abordem e alcancem todas as áreas: social, política e econômica.
A LDB e os PCN's indicam a adesão a essa idéia, com o objetivo de gerar um melhor conhecimento a partir da interrelação do conhecimento e, a melhor forma de gerar esse intercâmbio entre os diferentes saberes na escola, é o trabalho por projetos.

O mais difícil para o professor é se libertar do tradicional e dialogar, unir esforços, enfim, mudar de comportamento. A interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade ocorre com facilidade nos primeiros 5 anos iniciais, onde o professor da turma trabalha todas as disciplinas com um só tema, nas demais séries a do professor individualidade é mais forte, necessitaríamos também, de maior tempo disponível para os diálogos, sugestões, decisões; não apenas nos intervalos entre uma aula e outra - nas "HA's".

Se para D`Ambrosio (1999) “...a criatividade é um elemento-chave da transdisciplinaridade porque reconduz o ser humano à posição de cocriador da realidade. E, como a realidade se coloca em permanente transformação, esse movimento criativo também se sucede incessantemente. O conhecimento estático, fechado e acabado deixa de ter lugar, pois tudo está em permanente transformação, permeando todas as áreas do conhecimento”.
... deveríamos admitir que não somos tão criativos quanto gostaríamos, nem pré-dispostos às transformações; mesmo sabendo que estas transformações contribuiriam na educação, naquilo que tanto reclamamos que é o desinteresse do nosso aluno.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

CURRÍCULO E TECNOLOGIAS

Sou grata ao curso pela abertura que me proporcionou, pois trabalhar com as TIC na sala de aula melhorou a qualidade das minhas aulas, muito embora acredito estar longe dos desígnios esperados.

O projeto é apenas um caminho diferente que podemos utilizar para obter melhores resultados no encaminhamento dos conteúdos curriculares.

CURRÍCULO HOJE

Ainda estamos dependentes das bases curriculares que nos orientam e unificam os conteúdos, por séries, mas já há uma liberdade em que podemos incluir os interesses dos alunos, mesmo que não estejam no rol curricular. E é claro, nós professores é que deveremos saber decidir, vincular o assunto de interesse do aluno aos conteúdos curriculares. Pois o que o aluno pode estar querendo aprender, para algum momento estará planejado no currícul: todo conhecimento em alguma disciplina estará incluso.

Neste caso, o aluno só escolhe a data - quando quer estudar - pois se for em Geografia por exemplo, se ele interessar-se por aprender sobre economia, aspectos naturais, políticos - só muda o jeito de ensinar, o momento e a abordagem, pois tudo isso faz parte do rol da disciplina de Geografia. Então, só estaremos trabalhando de forma diferente, mas sempre seguirendo as bases curriculares existentes.

Outro fator que acho importante, é que não podemos abandonar por completo seguir um currículo unificado, a nível nacional, pois se estudarmos aleatoriamente os assuntos que interessam ao aluno, teremos problemas numa transferência dele para outra escola. Então, há necessidade de existirem regras. O que muda, é a maneira de trabalhar, a valorização individual do aluno.

INDAGAÇÕES SOBRE O CURRÍCULO

Enfrentar os desafios que levem à concretização do projeto de escola democrática não é tarefa fácil, exige perserverança e visão de futuro. Tendo como objetivo cativar os alunos para o interesse pelo conhecimento, o que será possível, aderindo ao uso das tecnologias.

A flexibilização da organização curricular pode ser trabalhada e adequada à trajetória dos acontecimentos socioeconômicos e políticos da sociedade atual, aceitando opinião, participação dos alunos; utilizando-se das tecnologias disponíveis - meios de comunicação escrita, falada ou internet e a partir dela introduzir os conteúdos exigidos via currículo.

Não é mais possível trabalhar com os livros amarelados como se fossem verdades incontestáveis, a mudança ocorreu em todo segmento informativo e atinge todas as disciplinas curriculares. Ou seja, nós professores precisamos mudar nossa prática pedagógica e nos manter atualizados - acompanhando informações e tecnologias.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

VÍDEO DA ALDEIA INDÍGENA

Projeto que seguiu etapas com o objetivo de resgatar, documentar a história, a cultura da Tribo.
As tecnologias utilizadas, a transversalidade (currículo) e a vida deles (cultura) evidenciam essa Prática.
Há, porém, diversas interpretações para essa história: por um lado, vemos a tentativa dos mais velhos resgatarem e garantirem a manutenção da cultura com o uso das tecnologias, por outro, vemos que através dessas mesmas tecnologias e modernidades (meios de comunicação e globalização); ocorre o aculturamento, sob a influência desses meios, com os quais têm contato.
Sendo o currículo um organizador de conteúdos, do ensino destes conteúdos, da forma esperada para alcançarem os objetivos propostos – Qual deve ser o currículo dessa Tribo, para garantirem a continuidade da sua cultura tal qual sempre foi, introduzindo outros conteúdos curriculares?

É nesse momento que consigo realmente compreender o significado desse curso: Se conseguirmos trabalhar com as crianças, adolescentes, respeitando o que sabem, a cultura que vivem – o leque de conhecimentos deles será ampliado, sem “desprezar” o que já aprenderam. Aprenderão sem que percam o gosto pela cultura do grupo social, cultural em que vivem.

Partir da experiência, do conhecimento que têm e ampliar o aprendizado do aluno sem, entretanto, anular o que traz de conhecimento e vivência (cultural e social).

É isso que ocorreu nessa tribo – valorizando e mantendo sua cultura.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Currículo

O uso do currículo surgiu com a necessidade de atender a massificação escolar que veio com a industrialização – procedimentos e métodos com o objetivo de obter resultados equilibrados e definidos na escola. O currículo, na verdade, “determinava” a visão que se queria do mundo, como a sociedade deveria ser e agir.

Quando a economia estava no auge dos interesses (Taylor) a palavra-chave era eficiência; onde a classe dominante transmitia seus princípios por meio das disciplinas e dos conteúdos que reproduziam seus interesses.

Mais tarde, já no séc. XXI a escola continuava reprodutora do sistema dominante – capitalista; seguindo à risca um currículo baseado nos interesses da classe dominante.

Assim, Currículo é uma relação de conteúdos que devem ser trabalhados, incluindo sua metodologia de trabalho.

O que se propõe hoje, não é o abandono desse rol de conteúdos, pois não podemos fazer história, construir uma vida melhor sem conhecer nosso passado. Não podemos abandonar a história da humanidade e inventar uma escola totalmente diferente dos modelos já existentes. O que podemos sim é trabalhar a história passada, refletir sobre as ações humanas e a partir destas informações construir novo saber e novas atitudes.

Se pesquisamos, estudamos nos livros didáticos o que alguém um dia disse, viu ou fez, por que então não valorizar e trazer para sala de aula o conhecimento e a vivência do nosso aluno???

Nesse ponto, o uso do computador auxilia o aluno a exteriorizar as experiências e conhecimentos que possui. Nos estudos que fazem, partem do conhecimento que já possuem e formam novos conhecimentos. Isso está claro em minhas práticas na sala de aula. Diferentemente de quando trabalhamos com livro didático: parece que aceitam tudo o que dizemos e lemos, sem questionar, pensar.

Não sei se me engano, mas a evolução do aprendizado é outro. O aluno se torna autônomo, afinal ele tem que decidir se a pesquisa que está fazendo é certa, e percebe que precisa usar o conhecimento que já tem para saber escolher a resposta correta.

O aluno aprende melhor percebendo que não é vazio, que não é “obrigado” a estudar, decorar o que está no livro didático.

E tudo isso se faz, seguindo o conteúdo curricular adequado para as respectivas séries. A diferença está na construção do senso crítico, no poder de decisão como aluno.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Diálogo Teórico

Referencial Teórico

John Dewey,

Em todas as linhas de pensamento, há sempre idéias apropriadas para o nosso dia-a-dia, acho porém, que os estudos basearam-se nos anos iniciais, e para nós que trabalhamos com adolescentes fica um pouco mais difícil empregar certas sugestões, uma vez que o adolescente tem idéias definidas, caráter em desenvolvimento e muito desinteresse pelo estudo; o que não existe na criança nos anos iniciais.

Me identifiquei com John Dewey “O aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e isso só é possível num ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercâmbio de pensamento”. Isso é fato, aulas com contribuição do conhecimento do aluno, tem progresso na aprendizagem.

Dewey destaca a distância entre professor e aluno, da mesma forma como a distância existe entre pais e filhos, cuja distância está prejudicando a confiança e a amizade que facilitaria o resgate ao interesse e consequentemente a aprendizagem do aluno.

Celéstin Freinet,

“...é preciso transformar a escola por dentro, pois é exatamente ali que se manifestam as contradições sociais.” trabalhar com colaboração, não com imposição, por obrigatoriedade.

Jean Piaget,

“epistemologia genética – teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Baseou-se no estudo do raciocínio lógico-matemático e que depende da idade, da maturidade da criança. O ensino não pode ser imposto, a criança precisa estar madura, apta à aprendizagem.

Fernando Hernandez,

Dá ênfase aos projetos – que o professor não pode ser o “transmissor” de conteúdos, mas um pesquisador com contribuição do aluno, que também participa da pesquisa.
Não descarta a necessidade das aulas expositivas, mas que não sejam apenas desta forma, as diferentes maneiras que se trabalha os conteúdos, por seminários, em grupo, individualmente é que fará a diferença.
Propõe ainda que os projetos sejam elaborados conjuntamente com os alunos.

Lev Vygotsky,

“O saber que não vem da experiência não é realmente saber” - por isso seu pensamento foi chamado de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo. É o estímulo do meio (escola) que irá contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem, desta forma a mera informação do professor para o aluno não irá contribuir.

Johann Pestalozzi,

A escola deveria ser como nossa casa, bem organizada, que é a base para a formação moral, política e religiosa. A educação, para ele, deveria ser a base para mudança de vida da população.

Entre seus princípios educacionais: “a educação começa com a percepção de objetos concretos e consequentemente com a realização de ações concretas e a experimentação de respostas emocionais reais – o desenvolvimento é uma aquisição gradativa, cada forma de instrução deve progredir de modo lento e gradativo... disciplina baseada na boa vontade recíproca e na cooperação entre aluno e professor”.

Friedrich Froebel

“Ensino sem obrigações...o aprendizado depende do interesse dos alunos..” Considera os anos iniciais de importância fundamental para a formação do ser humano – se não recebeu nesta fase o aprendizado com amor e carinho, o reflexo se estenderá para sempre. Compara a criança com uma planta... se não for regada com os devidos cuidados, não crescerá saudável.

Educação espontânea – liberdade para criança se expressar e buscar seus interesses, isso permite que mantenha sua vivacidade o que a torna receptiva aos novos conhecimentos.

Ovide Decroly

Ovide desejava uma escola como realmente deveria ser – o único objetivo e alvo – o aluno. Que o aluno fosse levado a aprender a aprender, baseado no seu próprio interesse. Acreditava que a criança entrava na escola dotada de condições biológicas suficientes para procurar e desenvolver os conhecimentos de seu interesse.

É bárbara a frase dele: “A criança te espírito de observação; basta não matá-la.”

Em momento anterior, em meus comentários, salientei que todos os pensadores da educação só se referiam aos anos iniciais, porém, se esses anos iniciais forem trabalhados dignamente, sem “poda”, sem bitolar o aluno, provavelmente nas séries finais do ensino fundamental e também no ensino médio e superior, ele manterá o interesse pelos estudos e terá coragem de criar e expor suas opiniões.

Maria Montessori

Considera a base de uma boa aprendizagem, os estímulos externos. Que não é o abstrato que leva ao aprendizado e sim o contato com materiais didáticos. Exemplifica o uso do Material Dourado na matemática, que estimula e desenvolve o intelecto da criança .
Cita o material dourado importante na concentração, interesse, criatividade e autoavaliação do aluno que o manuseia.
Defende o desenvolvimento individual de cada aluno. O método tradicional exige homogeneidade dos alunos e isso não existe, cada um tem suas características de desenvolvimento próprios.

Novo Blog

Caros colegas cursistas,
Tive problema com a senha e por isso criei outro blog.

aguardo vcs. abrs.