quarta-feira, 28 de abril de 2010

Diálogo Teórico

Referencial Teórico

John Dewey,

Em todas as linhas de pensamento, há sempre idéias apropriadas para o nosso dia-a-dia, acho porém, que os estudos basearam-se nos anos iniciais, e para nós que trabalhamos com adolescentes fica um pouco mais difícil empregar certas sugestões, uma vez que o adolescente tem idéias definidas, caráter em desenvolvimento e muito desinteresse pelo estudo; o que não existe na criança nos anos iniciais.

Me identifiquei com John Dewey “O aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e isso só é possível num ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercâmbio de pensamento”. Isso é fato, aulas com contribuição do conhecimento do aluno, tem progresso na aprendizagem.

Dewey destaca a distância entre professor e aluno, da mesma forma como a distância existe entre pais e filhos, cuja distância está prejudicando a confiança e a amizade que facilitaria o resgate ao interesse e consequentemente a aprendizagem do aluno.

Celéstin Freinet,

“...é preciso transformar a escola por dentro, pois é exatamente ali que se manifestam as contradições sociais.” trabalhar com colaboração, não com imposição, por obrigatoriedade.

Jean Piaget,

“epistemologia genética – teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Baseou-se no estudo do raciocínio lógico-matemático e que depende da idade, da maturidade da criança. O ensino não pode ser imposto, a criança precisa estar madura, apta à aprendizagem.

Fernando Hernandez,

Dá ênfase aos projetos – que o professor não pode ser o “transmissor” de conteúdos, mas um pesquisador com contribuição do aluno, que também participa da pesquisa.
Não descarta a necessidade das aulas expositivas, mas que não sejam apenas desta forma, as diferentes maneiras que se trabalha os conteúdos, por seminários, em grupo, individualmente é que fará a diferença.
Propõe ainda que os projetos sejam elaborados conjuntamente com os alunos.

Lev Vygotsky,

“O saber que não vem da experiência não é realmente saber” - por isso seu pensamento foi chamado de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo. É o estímulo do meio (escola) que irá contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem, desta forma a mera informação do professor para o aluno não irá contribuir.

Johann Pestalozzi,

A escola deveria ser como nossa casa, bem organizada, que é a base para a formação moral, política e religiosa. A educação, para ele, deveria ser a base para mudança de vida da população.

Entre seus princípios educacionais: “a educação começa com a percepção de objetos concretos e consequentemente com a realização de ações concretas e a experimentação de respostas emocionais reais – o desenvolvimento é uma aquisição gradativa, cada forma de instrução deve progredir de modo lento e gradativo... disciplina baseada na boa vontade recíproca e na cooperação entre aluno e professor”.

Friedrich Froebel

“Ensino sem obrigações...o aprendizado depende do interesse dos alunos..” Considera os anos iniciais de importância fundamental para a formação do ser humano – se não recebeu nesta fase o aprendizado com amor e carinho, o reflexo se estenderá para sempre. Compara a criança com uma planta... se não for regada com os devidos cuidados, não crescerá saudável.

Educação espontânea – liberdade para criança se expressar e buscar seus interesses, isso permite que mantenha sua vivacidade o que a torna receptiva aos novos conhecimentos.

Ovide Decroly

Ovide desejava uma escola como realmente deveria ser – o único objetivo e alvo – o aluno. Que o aluno fosse levado a aprender a aprender, baseado no seu próprio interesse. Acreditava que a criança entrava na escola dotada de condições biológicas suficientes para procurar e desenvolver os conhecimentos de seu interesse.

É bárbara a frase dele: “A criança te espírito de observação; basta não matá-la.”

Em momento anterior, em meus comentários, salientei que todos os pensadores da educação só se referiam aos anos iniciais, porém, se esses anos iniciais forem trabalhados dignamente, sem “poda”, sem bitolar o aluno, provavelmente nas séries finais do ensino fundamental e também no ensino médio e superior, ele manterá o interesse pelos estudos e terá coragem de criar e expor suas opiniões.

Maria Montessori

Considera a base de uma boa aprendizagem, os estímulos externos. Que não é o abstrato que leva ao aprendizado e sim o contato com materiais didáticos. Exemplifica o uso do Material Dourado na matemática, que estimula e desenvolve o intelecto da criança .
Cita o material dourado importante na concentração, interesse, criatividade e autoavaliação do aluno que o manuseia.
Defende o desenvolvimento individual de cada aluno. O método tradicional exige homogeneidade dos alunos e isso não existe, cada um tem suas características de desenvolvimento próprios.

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