quinta-feira, 20 de maio de 2010

Currículo

O uso do currículo surgiu com a necessidade de atender a massificação escolar que veio com a industrialização – procedimentos e métodos com o objetivo de obter resultados equilibrados e definidos na escola. O currículo, na verdade, “determinava” a visão que se queria do mundo, como a sociedade deveria ser e agir.

Quando a economia estava no auge dos interesses (Taylor) a palavra-chave era eficiência; onde a classe dominante transmitia seus princípios por meio das disciplinas e dos conteúdos que reproduziam seus interesses.

Mais tarde, já no séc. XXI a escola continuava reprodutora do sistema dominante – capitalista; seguindo à risca um currículo baseado nos interesses da classe dominante.

Assim, Currículo é uma relação de conteúdos que devem ser trabalhados, incluindo sua metodologia de trabalho.

O que se propõe hoje, não é o abandono desse rol de conteúdos, pois não podemos fazer história, construir uma vida melhor sem conhecer nosso passado. Não podemos abandonar a história da humanidade e inventar uma escola totalmente diferente dos modelos já existentes. O que podemos sim é trabalhar a história passada, refletir sobre as ações humanas e a partir destas informações construir novo saber e novas atitudes.

Se pesquisamos, estudamos nos livros didáticos o que alguém um dia disse, viu ou fez, por que então não valorizar e trazer para sala de aula o conhecimento e a vivência do nosso aluno???

Nesse ponto, o uso do computador auxilia o aluno a exteriorizar as experiências e conhecimentos que possui. Nos estudos que fazem, partem do conhecimento que já possuem e formam novos conhecimentos. Isso está claro em minhas práticas na sala de aula. Diferentemente de quando trabalhamos com livro didático: parece que aceitam tudo o que dizemos e lemos, sem questionar, pensar.

Não sei se me engano, mas a evolução do aprendizado é outro. O aluno se torna autônomo, afinal ele tem que decidir se a pesquisa que está fazendo é certa, e percebe que precisa usar o conhecimento que já tem para saber escolher a resposta correta.

O aluno aprende melhor percebendo que não é vazio, que não é “obrigado” a estudar, decorar o que está no livro didático.

E tudo isso se faz, seguindo o conteúdo curricular adequado para as respectivas séries. A diferença está na construção do senso crítico, no poder de decisão como aluno.

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